Conhecendo um Passista Masculino e sua malandragem.

08/05/2015 17:07

Conhecendo um Passista Masculino – Parte 1

A luta pela busca de espaço é diária, continua, contando com muitas barreiras e preconceitos para conquistar o seu devido e merecido lugar dentro das escolas de samba paulistanas. No entanto, atualmente estamos vivenciando uma situação mais favorável, na qual já somos mais respeitados pela diretoria das agremiações e somos bem recebidos pelos coordenadores de ala de Passistas.

Primeira batalha vencida! Mas a guerra ainda não...

Agora que já temos espaço para mostramos nossa arte, cabe a todos aqueles que se propõem a honrar a função de Passista Masculino dentro de uma escola de samba, buscar o conhecimento sobre o que de fato é ser um Passista Masculino. Ao contrário de que muitos pensam honrar essa função é muito mais complexo do que simplesmente estar em uma ala de passistas.

Postura, conceitos, princípios, responsabilidades, deveres, dentre tantos outros pontos envolvem a figura do Passista. Há fatores que são essenciais para  dizero que é um Passista Masculino e posso dizer que este fator que irei citar abaixo é o mais polêmico principalmente no carnaval paulistano, no qual é um motivo relevante de muitas agremiações do carnaval paulistano evitarem a presença da figura do passista  nas suas alas.

Há tempos escutamos a seguinte frase: “Não existem passistas masculinos, todos estão afeminados”. E hoje, com uma visibilidade maior para os passistas masculinos, sabemos que esta frase não é verdadeira. O grande fator em questão não é a sexualidade e sim a distinção de um gênero, de uma figura, do personagem a ser interpretado.

De fato, a figura do passista masculino deve ser compreendida como um Personagem. Não somos uma “entidade” (ponto de vista que desvaloriza a técnica e história da dança do samba), e nem precisamos ter uma “vivência de malandragem”, na rotina daqueles que interpretam essa clássica representação do passista masculino. A figura do passista deve ser construída, pois o passista deve no mínimo conhecer as regras básicas da dança do samba para homens. Sacudir quadris, bater cabelo, rebolar, dentre outros trejeitos que caracterizam a figura feminina no samba, são fatais na interpretação do Passista Masculino.

Assim como observamos em outras danças que o homem corteja a dama, na dança do samba isso não é diferente. O homem está para cortejar a mulata/cabrocha, sendo cavalheiro, e não tendo a postura de quem vai chamar a “colega” para “ferver” junto ou “fazer inveja nas inimigas”. Entendam que não se trata de uma questão de estilo de dançar o samba, como muitos acabam justificando seu modo afeminado de dançar a dança do samba. A dança do samba para o passista masculino possui seu conjunto de regras como qualquer dança e dentro deste contexto não há espaço para se criar um “estilo” de dançar o samba. 

Desta forma, cabe a todos aqueles que se propõe a ser passistas masculinos buscarem informações sobre o gênero, da mesma forma que cabe aos coordenadores de passistas masculinos estarem preparados para exigir dos integrantes uma postura compatível com o personagem representado e principalmente servir de

Há tempos escutamos a seguinte frase: “Não existem passistas masculinos, todos estão afeminados”. E hoje, com uma visibilidade maior para os passistas masculinos, sabemos que esta frase não é verdadeira. O grande fator em questão não é a sexualidade e sim a distinção de um gênero, de uma figura, do personagem a ser interpretado.

De fato, a figura do passista masculino deve ser compreendida como um Personagem. Não somos uma “entidade” (ponto de vista que desvaloriza a técnica e história da dança do samba), e nem precisamos ter uma “vivência de malandragem”, na rotina daqueles que interpretam essa clássica representação do passista masculino. A figura do passista deve ser construída, pois o passista deve no mínimo conhecer as regras básicas da dança do samba para homens. Sacudir quadris, bater cabelo, rebolar, dentre outros trejeitos que caracterizam a figura feminina no samba, são fatais na interpretação do Passista Masculino.

Assim como observamos em outras danças que o homem corteja a dama, na dança do samba isso não é diferente. O homem está para cortejar a mulata/cabrocha, sendo cavalheiro, e não tendo a postura de quem vai chamar a “colega” para “ferver” junto ou “fazer inveja nas inimigas”. Entendam que não se trata de uma questão de estilo de dançar o samba, como muitos acabam justificando seu modo afeminado de dançar a dança do samba. A dança do samba para o passista masculino possui seu conjunto de regras como qualquer dança e dentro deste contexto não há espaço para se criar um “estilo” de dançar o samba. 

Desta forma, cabe a todos aqueles que se propõe a ser passistas masculinos buscarem informações sobre o gênero, da mesma forma que cabe aos coordenadores de passistas masculinos estarem preparados para exigir dos integrantes uma postura compatível com o personagem representado e principalmente servir de

espelho para sua equipe. Além disso, é necessário existir projetos socioculturais voltados para o desenvolvimento de passistas masculinos, da mesma forma que já temos vários projetos voltados para passistas femininos. Cada gênero possui suas técnicas e regras dentro da dança do samba de forma bem distintas e ambas devem ser difundidas. Sabemos que dentro de uma escola de samba há espaço para todos, afinal, carnaval é a festa do povo, porém é preciso que cada um ocupe o seu devido lugar dentro da agremiação.

Felizmente temos aqui em São Paulo temos um seleto grupo de malandros riscadores que buscam se desenvolver continuamente, espalhados por algumas agremiações, servindo de espelho para todos aqueles que buscam e almejam ser Passista Masculino de fato.

Salve os Passistas Masculinos da Terra da Garoa!

 

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