"falando de samba" colunista wander timbalada

05/05/2016. O BAILADO DO MESTRE-SALA E DA PORTA-BANDEIRA.Vander Timbalada - A matéria de hoje vou falar da dança de um casal que encanta e desperta a sensualidade que dá um toque de magia e encanto para carnaval; bailam e brilham na passarela exercendo uma das funções de maior importância e destaque em um desfile de escola de samba, o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira.

Sabe-se que essa tradição foi herdada dos antigos ranchos que possuíam os famosos balizas e porta-estandartes encarregados de defenderem o símbolo da associação, nas primeiras escolas de samba muitas influências receberam das manifestações populares que as antecederam, como: os ranchos, grandes sociedades, cordões etc, a dança dos balizas evoluiu para o gingado ímpar dos mestres-salas e os rodopios das porta-estandartes se transformaram no gracioso bailar das portas-bandeiras.

Mais como essa tradição se formou nos antigos ranchos? Muitos estudiosos e pesquisadores chegaram às mais diversas respostas. Estudar as transformações dos elementos da cultura popular é sempre uma tarefa árdua e complexa.

Hiram Araújo(médico e pesquisador de carnaval), seis milênios de história", apresenta-nos alguns dos estudos que procuraram buscar a origem da dança, segundo lclemar Nunes(jurado do grupo especial, formado em letras e professor de teatro), "Mestre-sala e Porta-bandeira, meneios e mesuras", as origens da dança remontam ao ritual das meninas-moças africanas que se preparavam para o casamento e dos rapazes-guerreiros que as cortejavam dançando. Outras pesquisas apontam que a origem se encontra no Brasil Colônia e nas festas populares ou no sepultamento de negros importantes. Nessas ocasiões especiais as tribos africanas eram identificadas por panos coloridos presos na ponta de paus, formando uma espécie de bandeira.

A figura dos antigos balizas se tornou importante para defender as antigas porta-estandartes. Era comum o "roubo" do símbolo máximo do grupo por membros de outras associações, alguns buscam a origem da dança dos mestres-salas no gingado das capoeiras escondendo em seus tradicionais leques uma afiada navalha para auxiliar na proteção do pavilhão que não poderia ser violado sob-hipótese alguma.
Também por motivos de segurança no início do século cabia aos homens carregar os estandartes dos ranchos, com um comportamento semelhante ao dos guardas de honra militares. Talvez por isso, os pesquisadores apontam que curiosamente a primeira porta-bandeira das escolas de samba foi na verdade um homem. Tudo indica que o pioneirismo coube a Ubaldo da Portela.

Pode-se parecer estranho que muitas das primeiras portas-bandeiras tenham sido homens, o que podemos dizer quando Jota Efegê(jornalista, cronista, pesquisador, musicólogo e escritor), considerado o maior cronista de todos os tempos do carnaval carioca, Hiram Araújo, a maior autoridade sobre história das escolas de samba destaca que um dos mais famosos mestres-salas ou balizas dos antigos ranchos chamava-se Maria Adamastor? Isso mesmo, uma mulher.

Quando os primeiros concursos de escolas de samba começaram, porém, homens e mulheres já tinham seus lugares bem definidos, enquanto elas carregavam o pavilhão, eles as cortejavam com elegância e postura, a dança nas escolas ganhou características próprias tendo os grandes nomes do nosso carnaval, muitos deles da Portela, deixado suas marcas no estilo e nas formas de rodar, sorrir e apresentar a bandeira.

O julgamento de mestre-sala e porta-bandeira começou a fazer parte do regulamento a partir de 1938, quando era levada em consideração apenas a fantasia (a dança começou a ser julgada somente em 1958), e hoje se constitui num dos principais quesitos fundamentais para a conquista do tão sonhado campeonato.

Nos dias de hoje esse casal é muito valorizado, tudo mudou, novos estilos de dança surgiram, as roupas são luxuosíssimas e os salários também subiram muita mais, há quem diga ainda que isso não é profissão, esquecem que na verdade é um cargo de muita responsabilidade e merece todo respeito pois com eles está a maior representação de uma escola, seu pavilhão.

Salve o samba viva o Carnaval!!!    

Bibliografia:

ARAUJO, Hiram. Carnaval - Seis milênios de história. Rio de Janeiro. Gryphus, 2000.
 

CANDEIA FILHO, Antônio & ARAÚJO, Isnard. Escola de samba - árvore que esqueceu a raiz. Rio de Janeiro, Ed. Lidador, 1978.Acelino dos Santos. Este era o nome de batismo de um dos grandes nomes da história do carnaval carioca. Nascido em 1909, na Rua São Diniz, no Estácio, Bicho Novo foi um dos fundadores da Unidos de São Carlos. Ganhou o apelido na infância por gostar de caçar filhotes de passarinho.

Desfilou pela primeira vez como mestre-sala em 1925, na Cada Ano Sai Melhor, vestido de quimono, calça branca, boné e tênis. Logo virou uma referência do bailado. Bicho Novo era ainda da época em que o mestre-sala pegava a porta-bandeira em casa e depois do ensaio a levava de volta.

Comerciário aposentado, passou os últimos anos de vida como engraxate na Rua Estácio de Sá, esquina com a São Carlos. Em 1990, desfilou na comissão de frente da Estácio de Sá, representando um barão russo no enredo “Langsdorff, um Delírio na Sapucaí”. Foi um nobre na realeza do carnaval.                                                        Leia mais: extra.globo.com/noticias/carnaval/carnaval-historico/bicho-novo-foi-primeiro-mestre-sala-do-carnaval-15204912.html#ixzz47AFVFlnV                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            01/03/2016. Hoje vou falar de um movimento musical que está crescendo diante do Universo Cultural e Artístico do Brasil, que é: "QUEM SÃO OS NOVOS DA MPB". Essa coletânea é um CD que vai ter representantes de vários estilos musicais, como: funck, sertanejo, pop, hip hop e especialmente o samba. Sei que o fato de eu estar falando nesse projeto aqui na minha coluna, vai gerar alguns questionamentos em relação a questão de poucos, principalmente aqueles que não considerarem o samba como um elemento da MPB, (rs), à grande questão está aí! Se pontuar e posicionar nesse projeto, os grandes representantes desse estilo irão carregar a bandeira do samba com muita peculiaridade, eu Wander Timbalada, serei um dos que estarei defendendo o nosso samba com muito amor e muita fé. Quem é do samba: nós bambeia mais não cai, levanta sacode a poeira e dá a volta por cima, semeia a semente e faz germinar a paz, transborda alegria, renova, fascina, encanta e partilha o bem que vem do samba, uma das principais manifestações culturais populares brasileiras.      Idealizado pelo cantor, compositor, produtor Lúcio Sherman e o produtor cultural Kacau Mello o Projeto “Quem são os novos da MPB?” tem o objetivo de reunir, divulgar, registrar e expandir o espaço no mercado fonográfico para novos talentos musicais.

Há necessidade de se criar meios no sentido de colocar produções culturais que de décadas em décadas sempre desponta no país, produções que a grande mídia muitas vezes faz questão de não conhecer. Não que isto só aconteça com a nossa música, em todos os segmentos culturais esta falha se torna evidente, seja na dança, no teatro, na poesia, no cinema etc. Por hora estaremos realizando nossa parte, reunindo dezenas de intérpretes, compositores, arranjadores e músicos para produzir seu próprio trabalho em sistema de cooperativa em um CD com sugestivo título : “Quem são os novos da MPB?”.
O primeiro CD

É composto de 18 faixas, sendo 17 novos talentos e uma faixa de participação especial. Nesse primeiro CD o nosso convidado é o cantor e compositor consagrado Carlos Dafé que gravou com exclusividade para o projeto a música “Considerações” (Lúcio Sherman/Carlos Dafé/Euclides Amaral). O projeto “Quem são os novos da MPB?” iniciou-se no dia 19.01.2000, na Lona Cultural João Bosco, em Vista Alegre, com apresentação dos cantores e compositores Johnny Maestro, Lúcio Sherman e Jonas Ribbas.

 

CANTORES E BANDAS DO CD

"QUEM SÃO OS NOVOS DA MPB?"

Rosy Aragão, Lúcio Sherman, Jó Reis, Chiquinho Maciel,
Cíntia Andrade, Stanley Netto, MPBlack, Sirley Ferrari,
Marcelinho Ferreira, Kauãn Lucena, Bando Trololó, Paulinho Miranda, William Panisset, Ney Gouvêa, Beto Gaspari, Johnny Maestro, Rubens Cardoso e Euclides Amaral.


Criamos um perfil para esta coletânea que segue formado por vários ritmos musicais, suas tendências e fusões na música brasileira como xote, baladas, reggae, soul, rock e MPB. Achamos que a chamada música brasileira do novo milênio já pode botar a sua cara na rua, nas rádios, nas TVs e nos grandes jornais.

Que os deuses da música estejam ao nosso lado e que venham a partir daí muitas e muitas coletâneas de toda a parte deste imenso país. Pois os grandes centros brasileiros não possuem conhecimento de nem um terço da produção musical dos talentos desconhecidos que habitam este continente chamado Brasil.

.. .. .. .. .. . .. ..Lúcio Sherman.                                                                                                                                                                                                                                       Facebook: m.facebook.com/QUEM-S%C3%83O-OS-NOVOS-DA-MPB-980403742026800/?__mref=message_bubble                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 Veja as abaixo as fotos!                                                                                                                                                                                                                                                      

                                                                                                                                                                                                                                                                                             04/02/2016. Hoje estamos a um dia do maior espetáculo ao ar livre do mundo que é o nosso carnaval carioca, onde são apresentados todos os anos grandes histórias reveladas através de magníficos enredos que retratam personagens surreais, históricos e também homenagens que trazem simplesmente um verdadeiro filme em nossas mentes ao vermos o desenvolver do desfile das escolas na Avenida Marques de Sapucaí.

Mais antes de chegarmos nessa semana tão esperada e sonhada, nós tivemos uma previa dessa grande festa a dias anteriores, através dos ensaios técnicos, cujo nome hoje se faz jus ao pé da letra, haja vista, a busca pela perfeição em todos os quesitos e o investimento em roupas e até mesmo carros e tripés que simulam realmente um desfile propriamente dito; isso tem dado um verdadeiro presente ao público popular que com às vezes não tem condições de ir assistir no dia do desfile esse espetáculo em função do valor dos ingressos, conseguem nesse momento ver a sua escola do coração evoluir na avenida num sonho maravilhoso de luz e magia que com certeza lhes proporcionam uma emoção maravilhosa ao simplesmente ver o seu ídolo de perto, poder tirar mesmo de longe uma foto dele, cantar o samba junto com a escola e seu interprete, de poder dançar ao som da bateria ao vivo e ver o bailar do mestre-sala e da porta-bandeira junto ao tremular do pavilhão da sua querida agremiação, isso tudo mexe com a alma e faz pulsar forte o coração.

Na minha opinião vou pela contra mão do que vários sites e comentaristas de rádio fazem criticando alguns aspectos do ensaio técnico de cada escola e sim vou parabenizar a todas, pois eu ao longo dos anos só vejo esse formato de visualização e analise sendo feita e acho muito ruim a gente falar dos erros existentes nesses ensaios até porque se trata de um momento em que realmente todos os profissionais precisam de todo apoio e força pra continuar a seguir até o dia do desfile e às vezes as criticas feitas causam uma atmosfera de bloqueio nessas pessoas que trabalham a finco pra que o carnaval aconteça e merecem todo nosso respeito e admiração e não criticas fortes que muitas das vezes induzem os jurados no dia do desfile principal. Portanto vai aqui os meus parabéns a todas as comissões de frente que ensaiaram todas as baianas, todas as baterias, todos os diretores de harmonia, todos os aderecistas, todos os carnavalescos, todos os intérpretes, todos os diretores de bateria, todos os ritmistas, todas as passistas, todas as crianças, todos os diretores de carnaval, todos os presidentes, vice-presidentes, compositores, velha guarda e enfim todos os integrantes das escolas de samba.

Vou deixar aqui alguns registros e imagens que ficaram marcados na minha memória como momentos muito especiais para todos nós sambistas nesses dias de ensaios técnicos.      

Segue a sequência de algumas imagens das escolas de samba: Beija-Flor de Nilópolis, Paraiso do Tuiuti, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio.Foto: AGNews, Daniel Pinheiro

 

 

"falando de samba" colunista wander timbalada 

carnaval de são paulo

 
11/11/2015. A cidade de São Paulo possui cerca de 200 Agremiações Carnavalescas entre Escolas de Samba e Blocos (atuantes e extintas).
 
As mais tradicionais e mais vencedoras formam uma lista de 6 escolas: Nenê de Vila Matilde, Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Unidos do Peruche, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro. A primeira dentre essas que surgiu como escola de samba foi a Nenê de Vila Matilde, a segunda escola da cidade (atrás apenas da Lavapés que é de 1937). Fundada em 1949, foi responsável pela popularização do carnaval de São Paulo nas décadas de 50 e 60. É a segunda escola em número de títulos, com 11 no total. É tradicionalmente defensora de sua região de origem, a Zona Leste, onde possui uma enorme torcida. O Vai-Vai, foi fundado como cordão em 1930. Atualmente é a Agremiação mais antiga da cidade, mas há controvérsias, existem pessoas que dizem que a escola do bairro da Bela Vista, mais conhecido como Bixiga, teve sua fundação um pouco mais tarde, já os componentes dizem que a escola é mesmo de 1 de Janeiro de 1930. Essa escola é a que mais venceu o carnaval em São Paulo, com 13 vitórias e tem a maior torcida. O Camisa Verde e Branco surgiu em 1914 como grupo carnavalesco e se tornou cordão (assim como o Vai - Vai) na década de 1930, mas foi extinto. Ressurgiu em 1953 com o nome de Cordão Carnavalesco Camisa Verde e Branco. O nome dessa escola tradicional do bairro da Barra Funda se originou das vestimentas dos componentes de cordão que sempre desfilavam de camisas verdes e calças brancas, o Camisa Verde ganhou 9 títulos do carnaval de São Paulo. A Unidos do Peruche nasceu como escola de samba, e desfilou sempre entre as grandes da cidade. Possui 5 títulos e foi pioneira na Zona Norte da Cidade. Fundada em 1956, é muito respeitada apesar da má fase em que se encontra e é uma das escolas com maior número de vice-campeonatos. Mocidade Alegre e Rosas de Ouro, foram fundadas em 1967 e 1975 respectivamente, ambas como blocos carnavalescos. São duas grandes escolas da Zona Norte da cidade, a primeira do Bairro do Limão e a segunda nasceu na Vila Brasilândia, mas hoje fica no bairro ao lado, a Freguesia do Ó. A Mocidade conquistou sete títulos enquanto a Rosas de Ouro tem seis.
 
Outras escolas de samba também tradicionais porém menos vitoriosas são: Barroca Zona Sul, Imperador do Ipiranga e Morro da Casa Verde. Escolas também tradicionais no passado que buscam se firmar entre as grandes novamente após algum tempo paralisadas são Unidos de Vila Maria e Acadêmicos do Tatuapé, ambas fundadas na década de 50. A Vila Maria obteve mais sucesso nessa jornada por enquanto. A X-9 Paulistana em 15 anos seguidos de Grupo Especial conquistou torcida, títulos e muitos simpatizantes, e hoje é considerada uma das grandes. Leandro de Itaquera, Águia de Ouro e Acadêmicos do Tucuruvi fazem grandes carnavais, possuem grandes torcidas e são tidas em muitas vezes como favoritas, mas até agora nunca levaram o caneco pra casa. 

 

Assim como o carnaval carioca é considerado um dos maiores espetáculos da Terra, o carnaval paulistano esta incluso, sendo mais um desses espetáculos. Atualmente o carnaval paulistano possui uma grandiosidade e riqueza de detalhes, trazendo um profissionalismo em seus desfiles e conceitos técnicos para o desenvolvimento dos desfiles das agremiações, tornando ele algo tão grandioso quanto o carnaval carioca.
 
Não tem como ficar fazendo comparações, pois apesar de ser desfiles de carnaval, cada cidade possui suas particularidades culturais no desenvolvimento e apresentação dos desfiles.
 
Acredito que o carnaval paulistano deva ser visto como fonte cultural durante o ano inteiro, não apenas ser lembrado nos meses de dezembro à fevereiro. Dentro das agremiações percebo cada vez mais a existências de foliões que não possuem uma agremiação do coração,não tendo um elo de respeito e dedicação a um pavilhão. Simplesmente as pessoas querem buscar diversão com pouco compromisso, sem criar vinculo com a agremiação ou o pavilhão. Possivelmente um dos fatores que leva a este tipo de atitude venham da diretoria de algumas agremiações que não possuem o perfil receptivo e acolhedor, afastando assim os possiveis "fieis" da sua agremiação.
 
Outro fator que influencia nesta atitude, é a falta de investimento cultura da prefeitura em promover eventos que engrandeçam os trabalhos realizados pelas agremiações. Visa-se muito mais a lucratividade de eventos, enredos e desfiles que o ponto de vista cultura desta festa popular, que mais uma vez por conta da lucratividade, esta cada vez mais deixando de ser um evento popular, tornando-se algo de alto custo, tanto na compra de fantasias como na compra dos ingressos para assistir os desfiles.
 
O incentivo do governo é pouco comparado ao valor gasto pelas agremiações, no qual, quanto de menor grupo a agremiação for, menos ela recebe. Além disso, os pagamentos as vezes ocorrem com atrasos, impactando profundamente no planejamento do projeto carnavalesco.
 
Por outro lado, quando há um investimento através da lei rouanet, muitas agremiações preocupa-se apenas com a questão financeira da parceria e leva para avenida enredos com pouco peso cultural, apenas satisfazendo as exigências dos patrocinadores.
 
O carnaval também esta sendo impactado pela crise financeira e diante disso as agremiações estão buscando soluções mais criativas para o desenvolvimento dos seus projetos, tentando não se prejudicar com os altos custos dos materiais importados.
As agremiações que mais possuem rivalidade são as agremiações que surgiram através das torcidas organizadas do time de futebol - Gaviões da Fiel (Corinthians) e Mancha Verde (Palmeiras). Há integrantes de ambas agremiações que não alimentam esta rivalidade, mas seria hipocrisia dizer que não existe essa rivalidade, tanto é que quando ambas estavam no grupo especial, cada uma desfilava em noites separadas propositalmente, para evitar o conflito de torcidas. 
 

 

"falando de samba" 

25/09/2015

 

O Carnaval de Corumbá é considerado o maior do centro oeste do Brasil, mas para isso, foi preciso que acontecessem algumas mudanças radicais no seu desenvolvimento, então surge uma nova era e uma nova visão de investimento do poder público que a partir do ano de 2000, entra em cena, com o incentivo do governo do estado através do senhor “Zeca do PT”, implementando de uma forma mais intensa o carnaval Corumbaense, visualizando este espetáculo, como um gerador de rendas, de turismo pois atrai cerca de 40.000 pessoas nessa época para dentro da cidade, de desenvolvimento, de cultura, além de ser um grande atrativo para a cidade.

Sendo assim através de uma maior contribuição financeira, ou seja, com uma subversão maior para as entidades carnavalescas, para os blocos e para as escolas de samba; criou-se mais estrutura qualificando-se mais o carnaval da Cidade.

Com esse pensamento também surgem novas oportunidades de empregos nessa época para a população, que é uma coisa maravilhosa, enfim o carnaval se tornou muito mais disputado e grandioso.

O nível técnico também ouve um investimento que propiciou aos profissionais do samba da cidade uma reciclagem através de oficinas de carnaval ministradas por profissionais de alto nível do carnaval do Rio de Janeiro, tais como, o Diretor de Harmonia e Carnaval Luiz Fernando do Carmo o (Laila) da beija-flor de Nilópolis e mais outros nomes como a Porta–Bandeira Selminha Sorriso, o Mestre- Sala Claudinho e o Mestre de Bateria Paulinho Botelho; outro fator que também contribuiu muito para o crescimento do carnaval de Corumbá foi à criação da LIESCO (liga independente das escolas de samba de Corumbá) que no ano de 2002 veio dar mais moralidade, união e credibilidade para o carnaval, fomentando e ajudando ao desenvolvimento das escolas de samba de Corumbá, preparando a avenida para receber as escolas de samba com uma infraestrutura moderna e também se cria uma nova atmosfera de credibilidade entre as mesmas, que na época estava vivendo um momento de conflito diante de 13 títulos ganhos consecutivamente pela Vila Mamona, tornado assim o carnaval de Corumbá sem competição, ou seja, essa agremiação quando entrava na avenida já era ovacionada como campeã.

Ai veio à volta da Império do Morro nesse ano de 2002 e ai vêm à virada de pagina do carnaval de Corumbá, ouve uma nova motivação para o carnaval de Corumbá, criando um novo modelo de escola de samba, com uma visão empresarial e administrativa através do seu presidente o empresário José Martinez Neiva o (Zezinho Martinez), que não ficando apenas dependente do recurso público, mas sim com os seu próprios recursos vindos dos eventos realizados na escola, criando uma sustentabilidade interna diante de uma nova dinâmica de recursos da agremiação e uma visão independente; isso gerou um capital de giro, capaz de realizar o Projeto de Carnaval, trouxe também a noite imperial, que nada mais é que, a festa dos Protótipos das fantasias, como é chamada aqui no Rio de Janeiro, que seria logo após copiada por todas as escolas de. Corumbá, Zezinho Martinez Neiva foi realmente quem buscou elementos e experiências do Carnaval do Rio de Janeiro, acoplando ao modelo do Carnaval de Corumbá, revitalizando-o e dando asas ao novo, daí também surge às primeiras contratações de profissionais do carnaval para engrandecer mais o espetáculo e garantir os quesitos mais exigentes na disputa.

Podemos citar como o primeiro profissional a ser contratado o Mestre-Sala Carlinhos Brilhante e a partir daí vieram outros grandes nomes, tais como, o Carnavalesco Jorge Caribe que contribuiu muito com a modernização da parte plástica do espetáculo, trazendo novos formatos de esculturas, alegorias e fantasias; a partir daí abrem-se as portas para um processo continuo de profissionalização para o carnaval de Corumbá e um dos nomes que vem pra alavancar esse processo é justamente o artísta Wander Timbalada que chega trazendo uma vasta bagagem de experiência, tanto como Intérprete, quanto como, Compositor e Produtor Musical, com uma visão didática e com a intenção de contribuir para esse processo, indica outros profissionais para a Império do Morro, tais como, Jorginho mestre-sala e a porta-bandeira Irineia Mota, o nosso saudoso Felipão Mestre de Bateria que fez um trabalho maravilhoso no ano de 2010 na Vila Mamona que até hoje é lembrado e respeitado dentro da escola, sendo considerado o homem que mudou o andamento e a cadência da bateria da escola, também deixou um excelente registro no Carnaval de Corumbá, através das aulas de bateria, que ministrou nas oficinas de carnaval, juntamente com dois profissionais que trouxeram novas concepções e técnicas da dança de Mestre-Sala e Porta - Bandeira com Janaina Miranda e Plínio.

Tudo isso acontece na gestão do Prefeito Ruiter Cunha de oliveira, que também foi mais um grande incentivador e mantenedor desse processo evolutivo do carnaval de Corumbá, dando continuidade ao trabalho iniciado pelo governo do “Zeca do PT”, até porque, ele era secretário de estado nessa gestão, com muita propriedade, trazendo grandes inovações, elevando assim o padrão de toda infraestrutura do Carnaval de Corumbá.

Também em 2010 cria-se o Prêmio Esplendor do Samba numa parceria da LIESCO e o Jornal Diário Corumbaense, idealizado por Zezinho Martinez e Rosana Nunes, na intenção de valorizar e incentivar os profissionais do Carnaval de Corumbá, criando-se uma grande expectativa a cerca do desempenho destes profissionais, criando ainda mais acirrada e valorizada a disputa entra as escolas.  

    

Wander Timbalada também indicou outros profissionais para outras agremiações tais como a Nova Corumbá com a contratação do intérprete Braguinha e em 2013 a contratação de Graciele Chaveirinho Dançarina do Programa Esquenta da Regina Casé da Rede Globo de televisão, pela Vila Mamona para assumir o cargo de rainha de bateria da escola em grande estilo juntamente com o casal de mestre sala e porta bandeira Chiquinho e Maria Helena que dispensam comentários, a contratação de Robertinho Harmonia para dirigir a harmônia da Imperio do Morro e no ano de 2015, outra grande passangem de um exelente profissonal de harmônia no carnaval de Corumbá, o mestre Majestade, que deu um verdadeiro show na avenida conduzindo um desfile alucinante da Império do Morro, que culmina no título da escola e todo os demais que vieram para esse carnaval que a partir desse momento vira uma referencia no cenário Brasileiro, mas a evolução do carnaval de Corumbá não para por ai e mais um trabalho lança o Carnaval de Corumbá para a mídia fonográfica dos Carnavais do Brasil, quando Wander Timbalada assumiu a produção do cd das escolas de samba do Grupo Especial e do Grupo de Acesso e da uma nova dinâmica, valorizando as obras e os compositores locais trazendo, com arranjos modernos, com efeitos sonoros especiais, voltados aos temas propostos pelas as escolas e também com participações especiais de grandes nomes do carnaval do Brasil, tais como, Rixxa o Pavarote do Samba, Celino Dias, o nosso saudoso Edmilto de bem, Leandrinho do Estácio, Tico do Gato, Nino do milênio, Pingo Sargento, Lico Monteiro, Tiganá, Thiago brito e Pixulé.

Não podemos deixar de falar nos grandes talentos existentes nessa terra, que fazem parte do Carnaval de Corumbá, de uma forma muito especial, sendo referencia na cidade, tais como, a nossa eterna Rainha de Bateria Carol Duarte a imagem da beleza da mulher Pantaneira, que teve uma passagem fantástica na Império do Morro, intérprete Roxo que seria um com certeza um interprete no Grupo Especial em qualquer lugar do Brasil e que representa hoje a própria história viva do Carnaval de Corumbá, o ninho que sem sombra de dúvidas é revelação de uma nova geração do Carnaval de Corumbá juntamente com o Iran.

Os carnavalescos consagrados no carnaval de Corumbá: Kiro Panocvitch, Manoel Fernandes o manoelzinho e Edilson de Oliveira que se trata de uma grata revelação do carnaval atual de Corumbá.

Podemos citar também alguns coreógrafos que fizeram um registro positivo no carnaval de Corumbá: Joilso e Cleber e como mestres de bateria Diego e Ninho que travam um duelo no bom sentido a cada ano na briga pelo Prêmio Esplendor do Samba, com suas novidades em suas baterias.

Algumas escolas de samba cresceram muito, se estruturam, podemos destacar A Pesada escola de grande força da comunidade e a Nova Corumbá, que com a vinda de alguns diretores oriundos da Império do Morro fizeram grandes desfiles, foram campeões e se mantiveram no Grupo Especial com louvor.     

Em 2012 o carnaval de Corumbá chaga ao ápice, ganhando notoriedade e visibilidade em cadeia nacional sendo enredo da nossa querida Inocentes de Bel Ford Roxo, no grupo de acesso A do Carnaval do Rio de Janeiro, tendo a felicidade desta agremiação será a Campeã do Carnaval e ascender ao Grupo Especial do Rio de Janeiro, demonstrando a força desse lugar e a magia que lhe cerca.     

  

E chega 2013 com um desafio, se dar continuidade a esse processo de desenvolvimento do carnaval de Corumbá e o nosso Prefeito Paulo Duarte, assumi essa responsabilidade, com empenho e desenvoltura, até porque sempre fez parte dessa engrenagem, pois foi Deputado Estadual nos ultimos dois anos  da admisntração do Prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, fechando assim esse elo da corrente desse maravilhoso processo de estruturação do Carnaval de Corumbá.

Mudanças sempre cabem e 2016 é um ano realmente esperado pelos Sambistas Corumbaenses, pois o pais vive uma crise econômica que esta atingindo todos os setores e o carnaval não fica fora disto, portanto a força, o amor, dedicação e a vontade de manter viva essa nossa maravilhosa cultural, que é o carnaval pulsa forte em todos os corações, temos que ter fé, confiamos plenamente nesse governo e deixar que a voz dos Sambistas ecoem no ar, num samba canção dizendo: não deixe o samba morrer não deixe o samba acabar Corumbá é feito de samba e o samba pra gente sambar;  o Brasil agradece tudo que foi feito até agora por essa cidade branca,  que hoje é um grande orgulho da nossa nação. 

 

 

Salve o Samba e viva o Carnaval!

Colunista: Wander Timbalada  

        

        

 

"falando de samba"

25/07/2015

Tudo começou com algumas mulheres ligadas diretamente ao candomblé num simples gesto de segurar na barra da saia para dançarem nas rodas de samba de caboclos nos finais dos toques realizados nas antigas casas de santo do Rio de janeiro, tais como a casa da senhora Hilária Batista de Almeida, conhecida como tia Ciata (Santo Amaro da Purificação, 1824-Rio de janeiro, 1924) foi uma cozinheira e mãe de santo brasileira, considerada por muitos como uma das figuras influentes para o surgimento do Samba Carioca.

Foi iniciada no candomblé em salvador por Bangboshê Obitikô, era filha de oxum. No Rio de Janeiro era yakekerê na casa de João Alabá. Também ficou marcada como uma das principais animadoras da cultura negra nas nascentes das favelas cariocas. Ela era dona de uma casa onde se reuniam sambistas e onde foi criado “Pelo telefone” o primeiro samba gravado por Donga e Mauro de Almeida, na voz do cantor baiano, nascido também em Santo Amaro da Purificação.       

Sabe-se que outras grandes mulheres negras tiveram também uma grande parcela de contribuição para a formação das nossas raízes da cultura negra, do nosso samba e também para a imagem da figura chamada (Baiana) são elas: Mãe Aninha Bangboshê e Oba Saniá que foram as fundadoras da primeira casa de candomblé do Rio de janeiro em 1886.   

Bem eu não poderia deixar de falar na ancestralidade antes de começar a falar na baiana propriamente dita, pois na verdade tudo partiu desses momentos e encontros entre essas grandes mulheres onde se deu inicio ao samba e os primeiros passos para a figura de baianas no carnaval.

As nobres mulheres chamadas de baianas é a ala que é considerada como uma das mais importantes de uma escola de samba. Geralmente são compostas, preferencialmente, por senhoras vestidas com roupas que remetem às antigas tias baianas dos primeiros grupos de samba do início do século XX, no Rio de Janeiro como citei acima.

A ala de baianas foi introduzida no desfile ainda nos anos 1930 como uma forma de homenagem às "tias" do samba, que abrigavam sambistas em suas casas, na época em que o samba era marginalizado. É uma ala obrigatória em todos os desfiles de escolas de samba, mesmo não sendo quesito oficial em nenhum deles.

Costumamos dizer que elas são responsáveis pela preparação e limpeza na lavagem da avenida Marques de Sapucaí, que remete a lavagem do bonfim que acontece em Salvador-Bahia e aqui é uma maravilha que nos emociona e nos deixa arrepiados em sentir o aroma do defumador, da arruda e sem falar na aguá benta que elas vão lavando a pista para as escolas passarem e é um grande sacudimento ao ar livre, pois elas rezão, cantam,dançam e energizam tudo e nos deixando com um vigor muito grande saravá!!!  

As fantasias das baianas contam pontos para o Quesito Fantasia o modo como desfilam conta pontos também para o Quesito Evolução, porém toda escola deve se apresentar com um número mínimo de baianas. Nos anos 1940 a 50, era comum que homens desfilassem vestidos de baianas, prática que passou a ser proibida no Rio de Janeiro nos anos 1990, mas foi liberada pela Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ), nos grupos de acesso, a partir do ano de 2006.

A roupa clássica das baianas compõe-se de: torso, bata, pano da costa e saia rodada. Entretanto, frequentemente podemos ver baianas com as mais inusitadas fantasias, tais como noivas, estátuas da liberdade, seres espaciais, globo terrestre e até poços de petróleo.

No carnaval 2010, chegou a ser aprovado em plenária da AESCRJ que a ala das baianas viraria quesito para as escolas de samba dos grupos de acesso, pertencentes àquela liga, no entanto a ideia foi desfeita posteriormente. 

Nesse dia 25 de Julho ao qual se homenageia todas as Mulheres Negras deixo aqui todo o meu carinho e respeito para todas vocês e também para todas as nossas baianas de todas as escolas de Samba e de todos os asés pois vocês são simplesmente: maravilhosas, misteriosas, encantadoras, protetoras e mães de todos nós; é assim que descrevo essas nossas matriarcas do samba a benção a todas as baianas do Brasil asé!  

 

 

06/07/2016

Vou falar nessa matéria de hoje de uma peça fundamental dentro de uma escola de samba, o intérprete, figura que irá não só cantar o hino da escola na avenida, mas também conduzir todos os integrantes da agremiação, passando energia, o tom do samba como voz guia principal e animação, isso em perfeita harmonia com a bateria, os instrumentos e os seus auxiliares.

Anos atrás essa tarefa era realizada sem microfone, ou seja, não tinha carro de som e o canto da escola na avenida, era tarefa muito difícil, se reunia a ala de compositores, o intérprete e as pastoras da escola e ali começavam a cantar o samba, que era ouvido e levado para as outras pessoas pelos diretores de harmonia da escola; imaginem tal dificuldade, mas a coisa era de uma emoção e paixão tão forte, que a escola toda cantava numa só voz.

Aconteceram vários avanços ao passar dos anos, a tecnologia trouxe os microfones, se criou as caixas de som, o carro de som dando e a avenida se tornou um grande palco ao ar livre do mundo.

Nos dias de hoje a coisa ficou muito mais fácil, pois existe toda uma estrutura alto nível e nova geração para atender todas as necessidades que o intérprete precisa para executar o seu trabalho de uma forma tranquila e profissional, ou seja, microfones sem fios sofisticados, pontos para retorno e fora as torres de som que complementam esse processo auditivo.

Mas mesmo assim o intérprete tem ainda uma tarefa muito difícil, pois precisa ter um preparo muito bom, afinação, nitidez na voz, força e alegria para poder conseguir cantar no tempo mínimo de 65 minutos e no máximo 82 minutos na avenida no grupo especial do Rio de Janeiro que e a referência do carnaval do Brasil, isto é, nos dias de hoje com uma exigência de desempenho muito grande, haja vista a grandiosidade do carnaval atual, portanto ele é o elemento que vai ditar o clima da escola na avenida dando brilho ao espetáculo e impulsionando todos os integrantes da escola na avenida, isto porque sem quem cante o samba não se desfila, sem um o samba também não se tem desfile, portanto costumo a dizer que essa duas partes se completam e o encadeamento perfeito que precisa realmente de muita técnica, ensaio, e experiência para funcionar e se obter um bom resultado final.           

Eu vou citar aqui o nome de alguns interpretes que fizeram historia no carnaval e mudaram alguns aspectos da forma de se interpretar um samba na avenida:

Jamelão foi o nosso grande tenor do samba, que com um timbre maravilhoso, uma extensão de voz singular, melodioso e afinado, teve uma carreira repleta de glorias que ficou como uma referência na nossa Musica Popular brasileira, nos idos de 1952 assume a voz principal da Estação Primeira de Mangueira, sucedendo Xangô da Mangueira; uma de suas facetas que ficaram na historia foi a sua colocação que a palavra interprete fosse utilizada para se tratar os cantores de samba enredo que anteriormente eram chamados de puxadores de samba.

Jamelão nasceu pra brilhar assim foi de 1913 a 2008 e continua brilhando nas lembranças de todos nos sambistas.    

Jacson Martins em minha opinião foi o responsável pela mudança na forma dos intérpretes de samba enredo cantar, isso pela sua forma mais audaciosa e performática de interpretar, abrindo vozes nos sambas, fazendo terças, vocalizes e contracantos, completando os acordes harmônicos, com uma perfeição que espantava quem ouvia, dado a sua qualidade vocal e presença de palco, coisa que não existia ate então no samba enredo naquela época, com a perfeição que ele fazia.

Nosso saudoso Jacson Martins foi realmente um grande interprete que nos da saudade pela sua luz e energia, chegou caprichosos... Chegou caprichosos... Vem no batuque bateria... Vai a luta meu povo!

 

Neguinho da beija-flor considerado um dos mais carismáticos artistas do Mundo do Samba, e também compositor alem de intérprete, começou sua carreira no Leão de Iguaçu em 1970 e em 1975 vai para Beija-flor de Nilópolis de onde cria o bordão olha a Beija-Flor ai gente, nunca mais saiu do cargo ate hoje, pois não nega o nome da sua escola é fiel ao seu pavilhão, com uma voz potente e afinada neguinho da beija-flor pra mim representa o próprio samba e uma lenda viva do carnaval e referência para todos nós que amamos o carnaval e vou alem ele conseguiu unir as suas duas paixões numa musica que virou um hino de todos os times de futebol do Brasil (Domingo eu vou ao Maracanã) sucesso nacional.

Neguinho da beija-flor assim como Jamelão também tem uma carreira solo paralela ao seu cargo de interprete cheia de glorias fato que o torna realmente um artista de muito expressão no mundo do samba.

Olha a Beija-Flor ai gente parabéns Neguinho muita luz!         

 

"FALANDO DE SAMBA" 

24/06/2015

O nome Escola de Samba se deu pela necessidade das entidades carnavalescas em criar um Cunho Popular e Cultural, diante da sociedade, pois antigamente os sambistas eram muito discriminados e perseguidos; essas entidades também buscavam o direito de realizarem as suas apresentações ao publico de forma regularizada, tendo assim uma atmosfera competitiva porém social, pois todos sabem que segundo alguns anciões da velha guarda contam, que já existia uma competição entre grupos de comunidades diferentes, que se encontrava no carnaval em um determinado lugar para ali realizarem o que se chamavam de Samba Duro e/ou Samba de Roda, que nada mais era que a obrigação dos integrantes de cada grupo em dizer no pé no meio de uma grande roda formada pelos sambistas e batuqueiros, a quem diga que quem não sabia sambar naquela hora passava vergonha diante de todos e era obrigado a sair do meio da roda e os malandros duelavam, chegando às vezes dar até rasteira uns nos outros, nas suas danças; histórias do mundo do samba. 

Surge então diante de varais tentativas de se tornar o universo do carnaval, mas bem visto e legalizado o chamado Grêmio Recreativo Escola de Samba (G. R. E. S) e partir desse processo muda tudo em relação à situação do Samba para a sociedade.

A aparição das escolas de samba está ligada à própria história do carnaval carioca em si, bem como da criação do samba moderno.

Foram os sambistas do Estácio, com a fundação da Deixa Falar, em 1928, que organizaram as bases das atuais escolas de samba, entre eles podemos citar Ismael Silva, na sua ideia de criar um bloco carnavalesco diferente, que pudesse dançar e evoluir ao som do samba.

Na data de 1929 o primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas de samba.

Vamos falar dos dias de hoje, que algumas agremiações levaram esse nome de Escola de Samba ao pé da letra, investindo em projetos sócias e culturais em suas comunidades, realizando dentro dos seus espaços destinados, aulas de escolinhas de várias modalidades esportivas, informática, telemarketing, dança e também o mais importante que são as aulas para os sambistas do amanhã: aulas de passistas, aulas de mestre-sala e porta-bandeira e bateria e outros...

Na verdade essas aulas é que vão gerar um processo de inclusão social para os participantes, incentivo aos novos talentos dentro da agremiação, oportunidade de trabalho para os jovens e também como um processo de continuidade a tudo que é feito dentro de uma Escola de Samba aproveitando a prata da casa, ou seja, a as pessoas da comunidade.

Vou destacar aqui nessa matéria duas escolas de samba que a meu ver se destacam em seus Projetos Socias que são: Estação Primeira de Mangueira e a Beija-flor de Nilópolis.

Na mangueira existe a cerca de 25 anos um Projeto Social, que inicialmente era apenas esportivo surgindo na na verdade com criação da Vila Olímpica da Mangueira.

Esse Projeto social da Mangueira se tornou maior do que se esperava quando ganhou o apoio de grandes patrocinadores, tais como, a Petrobras.

Assim ganhou o mundo, através do Centro de Referência Esportiva, que com uma imensa estrutura de equipamentos para treinamento de diversos desportos e também com a forma eficaz de fazer inclusão social,que encantou a todos; isso porque, investiu além das atividades para as crianças e para os jovens, mas também nas atividades para as pessoas portadoras de deficiência e para a terceira idade.

Seguiu assim a mangueira com essa maravilhosa iniciativa, educando, transformando cidadãos com autonomia e gerando oportunidades de profissionalização, até chegar a criação do Instituto Mangueira do Futuro que na verdade é o ápice de sonho dos administradores mangueirenses de gerar oportunidades através do carnaval.

Premiado pela UNESCO reverenciado pelo vice-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e pelo ex Ministro dos Esportes Edson Arantes do Nascimento o Pelé; faz dessa iniciativa da nossa querida G. R .E .S  Estação Primeira de Mangueira um orgulho do nosso Carnaval.

Na Beija-Flor de Nilópolis desenvolve-se também um Projeto Social maravilhoso a cerca de 23 anos, que visa à inclusão social, a oportunidade para as crianças, para os jovens e adultos a terem acesso a ações e noções de cidadania, autonomia, transformação, educação, bem estar e prazer proporcinando a essa calorosa comunidade um trabalho que irá fortalecer a sua autoestima.

 O Projeto Social da Beija-Flor de Nilópolis é executato com aulas para: as crianças, os adolecentes e  os adultos, nas seguintes modalidades: passistas, dança de salão , mestre-sala  porta-bandeira , bateria  aulas  para todas as idades e também natação,informatica, futsal,voleibol e basquete para todas as idades.    

Dentro dessa magnifica atmosfera de oportunidades, dois grandes nomes do Mundo do Samba o Mestre-Sala Claudinho e a Porta-Bandeira Selminha Sorrisso, são responsáveis por um sonho especial que tem o nome sonho do Beija-Flor que é a escolinha de mestre -sala e porta bandeira onde os dois passam com muito amor e carinho os fundamentos da dança do Mestre-Sala e Porta Bandeira, que segundo eles foi uma forma muito especial, de poderem estar contribuindo para o futuro do trabalaho que eles fazem na escola na e na avenida estar se propagando nessas crianças da comunidade nilopolitana, portanto eles se doam de verdade passando todas as suas experiências e técnicas para os seus queridos alunos.

A Beija-flor de Nilópolis com uma visão futurista e inovadoradora, investe serio nessa comunidade e segundo informações dos idealizadores do projeto e da diretória da escola o resultado tem sido muito satisfatório, tanto para a escola que conta com a prata da casa para possiveis reposiçoes para o futuro da escola, em função do maravilhoso matérial humano que dispõem e também para a comunidade que tem na G.R.E. S Beija-flor de Nilópolis uma grande mãe, que lhe embala e lhe proporciona, a oportunidade para serem reconhecidos, valorizados e o mais importante uma porta que se abre profissionalmente.

Eu gostaria de parabenizar a nossa querida G.R.E.S Beija-Flor de Nilòpolis e todos os profissionais que trabalham nesse Projeto, Social que só eleva o bom nome da escola e também do carnaval do rio de Janeiro.  

 

Salve o Samba e Viva o Carnaval 

Colunista: Wander Timbalada  

 

 

"FALANDO DE SAMBA"

16/06/2015

Falar de harmonia de uma escola de samba e falar do quesito mais difícil de ser julgado. Musicalmente, representa a concordância de sons agradáveis, o encadeamento da música com os versos, na voz das pastoras e dos sambistas. É o perfeito entrosamento entre o ritmo da bateria e a melodia cantada, por intérpretes, componentes e eu ainda vou citar também o entrosamento dos instrumentos de corda: cavacos e violões com as vozes, pois estes irão dar a sustentação da notação musical, ou seja, o tom do samba cantando no desfile do inicio ao fim.

Para que se tenha um bom desempenho no desfile nesse quesito, à escola precisa ter um Diretor de Harmonia, pois ele que irá reger a escola diante desse conjunto complexo de elementos.

Vamos dar um salto no tempo, indo lá atrás pra falar dos desfiles tradicionais, onde vou citar o nome de um grande diretor de harmonia de todos os tempos, o nosso saudoso Mestre Fuleiro do Império Serrano, que com apenas um apito e a ajuda de poucas pessoas, fazia um maravilhoso trabalho de harmonia na sua escola, que na época era considerada uma agremiação com muitos componentes.

 A quem diga que o sucesso de Mestre Fuleiro era por que ele tinha conhecimentos musicais, um ouvido quase obsoluto, uma visão de espaço temporal privilegiada, visão panorâmica e acima de tudo o Dom que Deus lhe deu de fazer harmonia, sem falar que ele cresceu dançando e cantando o jongo o qual a sua mãe Dona Teresa, que era carinhosamente chamada por todos na serrinha de vovó Teresa, uma jongueira arretada e cheia de conhecimentos dos seus ancestrais africanos, era ela quem ensinava o jongo do tempo do cativeiro para todos os mais novos daquele lugar, ela faleceu aos 115 anos lúcida e com um vigor impar de dançar o jongo.

Vovó Teresa ensina a mestre Fuleiro, além do jongo, os mistérios que envolviam a dança, foram, esses ensinamentos que faziam a diferença na avenida, pois o samba tem mandinga e o desfile é um momento mágico e efêmero.

E assim ele fez sua história no carnaval e deixou um legado para os que vieram depois.

Podemos dizer com certeza que Mestre Fuleiro foi uma grande referência para todos os diretores de harmonia do Brasil.

Nos dias de hoje os Diretores de Harmonia além do apito e o dos conhecimentos deixados pelos nossos ancestrais tiveram a necessidade de se buscar outros recursos para realizar essa função, isso por conta do gigantismo das escolas a nível de componentes, alegorias, adereços e fantasias, mas também pela própria dimensão da avenida; surge então a introdução dos rádios de comunicação, que ajudaram muito nesse trabalho do Diretor de Harmonia, que no passado tinha que correr a avenida toda para fazer contato com os seus auxiliares e com os componentes da escola.

Um homem que conseguiu mesclar a essência tradicional com os recursos atuais foi o senhor Luiz Fernando do Carmo, mais conhecido como Laila, com uma percepção musical apuradíssima e grandes conhecimentos como Produtor Musical , haja vista, a sua participação na produção do CD das escolas de samba do grupo especial a mais de 4 décadas que comprova o seu total conhecimento, sem falar do gosto por musica clássica que segundo ele é o que escuta em casa quando quer dar aquela relaxada, pois não abre mão da boa musica como companheira no seu dia a dia.        

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, onde fundou a primeira escola mirim no Rio de Janeiro, o filho de Xangô, Ogum, Iansã e Iemanjá, conheceu a umbanda do Seu Flávio, no Morro São João, em épocas difíceis, de desemprego, diz Laila. E a partir daí, não parou mais de fazer suas coisas espirituais.

Um umbandista que a cerca de 50 anos não perdeu a fé nos orixás, nos caboclos, nos exus, nos malandros, nos pretos velhos e nas crianças a qual demonstra ter um carinho muito especial

Ele segue a mesma linha de mestre fuleiro, porém hoje ligado ao avanço que o carnaval teve, não parou no tempo e também avançou, assumiu uma tripla função no carnaval que é a Direção de Carnaval, Direção de Harmonia e Coordenador da Comissõa de Carnaval; Laila seguiu esse rumo devido ao seu vasto conhecimento sobre tudo que se diz respeito à confecção e organização de um Carnaval: barracão, a alegoria, a fantasia, a ferragem, carpintaria, enredo, bateria e samba enredo, ou seja, conhece bastante de cada elemento, que irão compor um carnaval na avenida na integra e ainda o mais difícil de lidar e fazer que é a Harmonia.

No Samba Enredo, Laila sempre sai na frente, isto porque, as suas escolhas sempre dão bons frutos e bons resultados; o seu diferencial esta nas junções que às vezes faz nos sambas, que com muita propriedade, sabe ligar as Estruturas e sequencias Melódicas e Harmônicas de cada obra sem que haja uma quebra na Simetria Musical.

Bem na verdade falar de Direção de Harmonia sem falar desses dois grandes baluartes seria um grande erro, por isso juntei num só momento essas duas referencias do carnaval, os exaltando e os homenageando aqui nessa minha humilde coluna onde tenho a intenção de valorizar quem fez e quem faz pelo nosso carnaval.  

 

Salve o Samba e viva o Carnaval!

Colunista: Wander Timbalada  

 

"FALANDO DE SAMBA"

09/06/2015

O que seria do Samba sem esses grandes Bambas que são os detentores das raízes mais profundas do carnaval, um dia já foram crianças, cresceram e se criaram dentro do samba, foram baianas, pastoras ou passistas, aderecista, harmonia ou ritmistas, costureiras, mestre-sala ou porta bandeira, enfim já fizeram a sua historia na escola.

Eles com certeza são maravilhosos, recheados de energia, que nos eleva, nos impulsiona trazendo a benção dos ancestrais, eis a magia do samba que faz o corpo arrepiar.         

Temos que respeitar sim, valorizar, zelar e amar a nossa querida velha guarda, pois conhecer o passado do samba faz com que entendamos mais o seu presente e fiquemos preparados para o futuro.

O que emociona é ver o amor que esses senhores e senhoras têm, não só pela sua agremiação do coração, mais sim pelo samba em si.

Diante dos sambas de roda, dos sambas de terreiro, dos sambas de quadra, dos sambas canções e dos grandes sambas enredos de todos os tempos que eu nessa semana os reverencio e faço essa homenagem a todas as velhas guardas de todas as escolas de samba do Brasil.

Salve o samba e viva o carnaval! 

Colunista: Wander Timbalada 

 

"falando de samba" 

31/05/2015

Bem na outra matéria deixei um canal aberto para uma reflexão da minha visão, do que esta acontecendo com o nosso Carnaval e tenho certeza que tiveram pontos analisados por todos os senhores leitores desse site, questionamentos e posicionamentos em relação a tudo que falei, principalmente no tocante a esfera do comércio que virou o “Carnaval” da presença daqueles que ás vezes não tem nada haver com o contexto dessa festa cultural e a ausência de quem sempre deveria estar a nos doar seus conhecimentos, receber os benefícios da mudança trazidas pelo tempo, serem valorizados e viver o carnaval que é a Comunidade e o sambista de fato.

Não existe crescimento sem evolução, sabemos que são novos tempos, portanto devemos seguir o que os dias de hoje nos pede, até porque, a estrutura do carnaval cresceu,foram criados novos regulamentos, alguns quesitos foram reformulados e o formato do desfile teve uma nova concepção, temos a Passarela do Samba chamada Marques de Sapucaí, que nos oferece luz, som e logística, tudo com tecnologia avançada, para nos atender a contento, as escolas de samba hoje oferecem ao publico um espetáculo maravilhoso, grandioso e luxuoso, com uma plástica de muita qualidade, os cenários ambulantes que são as alegorias a cada ano que se passa realmente nos remetem aos lugares citados e a imagem dos personagens do enredo, nos levando a uma verdadeira viajem no túnel do tempo visualizando as histórias propostas nos enredos bem próximo da realidade; porém tenho que dizer que às vezes bate uma saudade louca, em todos nós sambistas, daqueles desfiles arrebatadores e envolventes, que levavam o público ao delírio como foi o da G.R.E. S Vila Isabel com o Enredo Kizomba, Festa da Raça no ano de 1988, o emocionante e polemico desfile da G.R.E. S Beija-Flor de Nilópolis no de 1989 com o Enredo “Ratos e Urubus Larguem a Minha Fantasia”.

Sentimos falta também dos sambas maravilhosos, cheios de teor de sentimento tanto nas suas letras quanto nas melodias tais como: Peguei um Ita no Norte G.R.E. S Acadêmicos do Salgueiro no ano de 1893, É Hoje G.R.E. S União Ilha do Governador no ano de 1982, Liberdade, Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós G.R.E. S Imperatriz Leopoldinense no ano de 1989, esses são sambas antológicos que ficaram na memória do povo até os dias de hoje.

A comparação sempre esta presente é natural e a gente que vivenciou outra época do carnal, sente falta da descontração no desfile, do samba no pé que esta dando lugar as coreografias e os passos marcados; a grandiosidade dos carros alegóricos acoplados e as fantasias pesadas tiraram um pouco da leveza do desfile de hoje, sem falar que as pessoas ficam muito presas ao processo de passar na avenida de uma forma rápida, mecânica e técnica em função do contingente que é muito grande, de forma que às vezes as escolas tem que correr para dar tempo de passar pela avenida no tempo determinado, sem perder ponto nos quesitos: Cronometragem, Harmonia, Evolução e (Conjunto) que embora tenha sido retirado do contexto de julgamento, a meu ver não deixa de ser visto na leitura final dos julgadores dos quesitos citados posteriormente, pois conjunto é a uma referencia dentro do desfile.

A cada ano que se passa tenho notado que depois que acaba o carnaval ninguém se quer lembra o refrão do samba que desfilou e ai gente o que esta acontecendo?

Eu fui criado vendo meus pais comprando no natal o disco das escolas de samba, que na época era vinil, eles compravam para aprender a cantar no carnaval todos os sambas das escolas, assistindo o desfile, na época era o presente mais esperado entre os amigos e familiares; o nível de vendas era muito alto, pois a demanda atendia as diversas comunidades das escolas de samba, que esperavam ansiosos pra ouvir os seus sambas, que na maioria das vezes era o samba escolhido por elas, ou seja, aquele que mais Interagiu com a mesma; o que será que esta acontecendo com a venda do Cd das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de janeiro, pois teve uma queda muito grande de uns anos pra cá, será que não seria essa nova concepção do samba moderno chamado funcional ou a falta da ingerência do voto das comunidades na escolha do samba enredo nas escolas? Fica a pergunta!

Salve o Samba e viva o Carnaval!

Colunista: Wander Timbalada     

 
 

"Falando de Samba"

Colunista: Wander Timbalada

Olá a todos os leitores do site Samba Conexão News!. Meu nome é Wander Timbalada e venho convidar a todos para falarmos de samba, então vem comigo!, segue a minha primeira materia espero que gostem!

Que maravilha mais um ano em nossas vidas e com ele vem mais um carnaval, momento efêmero, porém de muita importância para nós sambistas e também para aqueles tais oportunistas, que se aproveitam de tudo que esse nosso tesouro que é o "Carnaval" oferece, tentando de qualquer maneira se dar bem, como se diz na línguagem popular, "ficar bem na fita"; são cambistas e agenciadores na venda de convites de arquibancadas de todos os setores, camarotes, cadeiras de pista e frisas com valores absurdos que as vezes chegam dez vezes mais que o valor normal, isso sem falar naqueles que também revendem fantasias com valores altíssimos; gente ai pergunto? como é que os menos favorecidos das comunidades, os sambistas verdadeiros, podem ter acesso a essa festa, que é deles de fato e de direito.

Bem as Escolas de Samba precisam de um Samba Enredo para desfilar e ai que começa, mas uma oportunidade para os aproveitadores entrarem em cena novamente, se escrevem na ala dos compositores para a disputa da grande "Fabrica de Sonhos” que é o Concurso de Samba Enredo das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro; esse é um momento em que o pobre compositor, se lança de corpo e alma nessa viajem infinita em busca do reconhecimento do seu trabalho e também de um prêmio em dinheiro que poderá dar uma levantada na sua vida, caso ele ganhe é claro, pois a grana é boa, hoje gira em torno de R$ 350.000,00, isso se a escola não voltar nos desfile das campeãs, pois caso aconteça, entra pelo menos mais uns 50.000,00; então a sorte esta lançada você pode ganhar ou perder, tal como uma loteria, as despesas são altas, ônibus para transportar as torcidas, bêbidas, camisetas, churrascos, enfim uma verdadeira festa nos dias de apresentação do samba na quadra, tem ainda CDs e até DVDs para divulgar o trabalho, gravações e interpretações com os melhores intérpretes do mercado.

 Mais “como em guerra em alto mar que se da mal é peixe miúdo” o comprositor sai na frente, pois tem capital de giro e grandes patrocínios, portanto compra tudo e a todos para conseguir o seu sucesso e não quer nem saber do amor ao pavilhão e sim colocar no seu bolso o milhão e com o poder da mídia em suas mãos lança sem pena e sem escrúpulo as maracutaias e negociatas, aniquilando e destruindo covardemente o verdadeiro compositor, que tem raiz fincada na sua escola, que é nascido e criado na comunidade, vive o seu dia a dia praticamente dentro da Agremiaçõa é um sambista de fato.

A hora chegou, pintou a final, a emoção é geral e a comunidade aposta no melhor samba do compositor prata da casa, mas ai vem à decepção, ganha o samba daquele fulano de tal, que antes da final fez até uma matéria no jornal, que dizia que o seu samba era o favorito na disputa, melodia rica e coisa e tal, nos sites bombou de comentários e elogios, na quadra era um número grande de torcida e um estrurura que imprencionava a todos, diante disso tudo o Diretor de Carnaval, o Diretor de Harmonia, o Presidente e a toda quase toda a Diretoria diz que o samba é o melhor pra escola pois é funcional rsrsrsrsrsrsrsrsr, fazer o que né, se a regra é clara e diz que só pode ganhar um.

Chegou o dia do desfile, nessa hora se faz valer a paixão pela agremiação e mesmo ferida a comunidade tem que cantar o samba que ela não queria, mas o gostar fica de fora nessa hora e a força, a superação, o amor pela agremiação e garra, tomam conta dessa gente, essa magia transcende qualquer interesse, isso é o encanto chamado " Carnaval ", um grito forte que sai da garganta ecoa na avenida, brilha, fascina, o Samba não pode morrer, o Samba não pode acabar, em cada componente um sorriso, em cada rosto do telespectador a alegria e a emoção, em cada coração do sambista pulsa a batida do surdo de marcação, resoando no compasso da paixão.

Mas a resposta ainda esta por vir chega quarta-feira de cinzas e a nota em samba enredo não é 10 e sim 9,7 e ai quem perde com isso? fica essa pergunta para se refletir e se discutir na próxima matéria.

 

Salve o Samba viva o Carnaval!  

 

 

 

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